quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Viseira com relevo ou sem relevo? Quê?

Essa semana recebemos o contato de um cliente nos perguntando o seguinte:

Boa noite, gostaria de saber se a viseira possui a indicação de uso diurno em baixo ou alto relevo como pede as normas? 
Quê? Foi justamente essa a minha reação quando vi o e-mail.

Bem, e agora, do que esse cara está falando? Como posso ajudá-lo?
Com o conhecimento que tenho como condutor de motocicleta há pelo menos 15 anos, e 10 habilitado, respondi o seguinte: -  Bom dia amigo, tem a advertência sim, de qualquer forma, essa advertência não é obrigatória, a obrigação parte do condutor em utilizar a viseira cristal no período noturno e a viseira com proteção solar no período diurno se assim desejar. De acordo com a nova resolução do CONTRAN 203, não há nada que exija a advertência em alto relevo na viseira, pelo menos procurei no CTB e não encontrei nada acerca disso.

Pronto, teria assinado minha carta de demissão se eu fosse o instrutor da moto-escola.

Isso mesmo gente, o rapaz, talvez por estar fazendo aula, e ser bem atento ao que aprende, estava falando algo que tinha relevância.

Fui então procurar mais a fundo sobre a resolução 203/2006  que disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizados e quadriciclo motorizado, e dá outras providências.

E assim diz:

Art 3°

§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos de proteção deverão estar
posicionados de forma a dar proteção total aos olhos.

§ 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira no padrão cristal.

§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de proteção.

Não para por aí, aí vem a parte boa ou ruim como queiram. Toda e qualquer resolução vem acompanhada dos anexos, onde lá explicam do que se tratam os artigos e incisos da bendita.

E lá estava:

DEFINIÇÕES DOS PRINCIPAIS COMPONENTES DE UM CAPACETE CERTIFICADO

VISEIRA: Destinada à proteção dos olhos e das mucosas, é construída em plásticos de engenharia, com transparência, fabricadas nos padrões, cristal, fume light, fume e metalizadas. Para o uso noturno, somente a viseira cristal é permitida, as demais, são para o uso exclusivo diurno, com a aplicação desta orientação na superfície da viseira, em alto ou baixo relevo, sendo:
Idioma português: USO EXCLUSIVO DIURNO (podendo estar acompanhada com a informação em outro idioma)
Idioma ingles: DAY TIME USE ONLY


NOTA: Quando o motociclista estiver transitando nas vias públicas, o capacete deverá estar com a viseira totalmente abaixada, e no caso dos capacetes modulares, além da viseira, a queixeira deverá 
estar totalmente abaixada e travada.

Viseira com relevo por favor...

Segue a imagem para que entendam do que falamos rs...

terça-feira, 5 de junho de 2012

Como se proteger do frio...


Pois é, o frio está ai. E não estamos no inverno ainda! Nós motociclistas que não temos um arzinho quente ou a proteção dos vidros como ficamos? Além do frio, o ar gelado causa malefícios à nossa saúde. Com o vento contínuo, nosso corpo perde a sensibilidade de movimentos, principalmente nos pés e mãos, por não produzir calor suficiente e pode assim prejudicar a pilotagem. Também pode ser um grande vilão para as vias respiratórias, a poluição que respiramos, tanto pelo nariz como pela boca podem causar, rinite, sinusite entre outras doenças ligadas aos pulmões.
Vejam algumas dicas, para continuar andando na sua moto, com conforto e segurança e ainda driblar o frio!

 
Proteger o rosto:
Utilizar uma balaclava, ajuda a não deixar o ar gelado em contato direto com seu rosto.
Prefira capacetes fechados, além de protegerem do frio, o forro ajuda a esquentar.

 
Proteger o corpo:
As jaquetas feitas especialmente para motos, podem ser essenciais. A grande maioria é fabricada em países europeus e já vem com recursos para amenizar o frio comum por lá.
Use calças com elásticos nas canelas para evitar que o vento entre pela abertura dos pés. Existem também calças com forros térmicos.
Casacos fechados amenizam bastante o frio que o vento causa. Para evitar a canalização do vento através das mangas, utilize um elástico, por exemplo, para amarrar os punhos e diminuir o ar que entra pelas mangas.
Um cachecol ou blusa de gola alta pode colaborar para manter o pescoço aquecido.

 
Proteger as mãos:
As luvas são a melhor escolha e estão disponíveis de couro ou material sintético. Você pode encontrar ambas com forro, confortável e quente. Prefira as com o cano longo para sobrepor o casaco ou jaqueta.

 
Proteger os pés:
Botas de cano alto, com meiões de futebol ou de lã, minimizam o frio.

 
Aproveitem o frio!

sexta-feira, 30 de março de 2012

CUIDADOS COM A BATERIA

Olá amigos, recebi esse e-mail e achei por bem compartilhar com vocês.
Boa leitura à todos.

Veja dicas para a bateria da moto durar mais

Hábitos simples e check-up periódico aumentam durabilidade.
Instalação de acessórios podem descarregar a bateria mais facilmente.

Fernando Garcia e Rafael Miotto - Do G1, em São Paulo
A manutenção da bateria da moto não requer muito trabalho, mas, apesar disso, é importante ter em mente os cuidados necessários para a sua vida útil, o que a maioria só lembra no momento de uma pane. Segundo especialistas, as baterias de moto duram em média três anos, falando especificamente das seladas, ou livres de manutenção, que são as utilizadas pelas maiorias das motos atualmente. Nas baterias convencionais, destinadas principalmente para motos mais antigas, a durabilidade cai para 1 ano e meio.
Descrição: Bateria; moto; manutenção; (Foto: Rafael Miotto/ G1)

Voltímetro mostra se há fuga de corrente em bateria selada, a mais comum (Foto: Rafael Miotto/ G1)
A instalação de equipamentos, como alarmes e rastreadores, exige atenção porque eles podem causar a fuga de corrente. "Se isto ocorrer, a bateria pode não ter força suficiente para fazer a moto ligar", alerta Edson Esteves, professor de engenharia mecânica automobilística do Centro Universitário Fundação Educacional Inaciana (FEI). O engenheiro indica que a instalação seja feita somente em locais de confiança.
Outra dica é não deixar a moto parada por muito tempo, um problema para quem usa apenas aos fins de semana, por exemplo. "Se rodar, ao menos 5 km por dia, pode prolongar a vida útil da bateria para até quatro anos", acrescenta Esteves. O desuso e a rodagem por curtos períodos contribuem significativamente para o descarregamento da bateria, sobretudo das motos equipadas com alarmes e rastreadores, que acabam consumindo mais energia. "É importante não deixar a moto parada por uma semana que seja”, recomenda Rony Sousa, consultor de concessionária em São Paulo.
Descrição: Andar com a moto regularmente aumenta a vida útil da bateria (Foto: Rafael Miotto/ G1)
Andar com a moto regularmente aumenta a vida útil da bateria (Foto: Rafael Miotto/ G1)
Mesmo as motos que não têm tantos acessórios sofrem ao ficarem paradas. “Com mais de 3 meses sem uso, a bateria já começa a demonstrar sinais de fadiga”, diz Nelson Codonho, dono de loja e oficina especializada também na capital paulista.
Madeira no pé
Ele sugere o uso de um apoio de madeira ou borracha no "pezinho" que sustenta a moto quando parada. “Como a peça é de ferro e está em contato com o chão, cria-se uma corrente - como um fio terra - e toda a energia da bateria é dissipada. Tomando este cuidado, ela pode durar até 6 meses sem ser utilizada, já que a peça de apoio isola a corrente que passa pelo pezinho da moto", explica Codonho.
Ainda há outro artifício para evitar fuga de corrente. "Se a moto ficar parada por muito tempo, você pode desconectar os cabos da bateria, impedindo que a energia seja perdida", aconselha Esteves. Nesse caso, é importante saber a ordem da retirada dos cabos. “Primeiro, deve-se desconectar o cabo negativo e depois o positivo (protegido por uma capa de borracha), para que não haja um curto que prejudique os acessórios elétricos da moto. Na hora da montagem, é o inverso, primeiro o positivo e depois o negativo”, orienta o consultor Sousa (veja fotos abaixo).
Descrição: Bateria (Foto: Fernando Garcia)
Se for preciso desconectar os cabos, primeiro deve-se desligar o cabo negativo... (Foto: Fernando Garcia/ G1)

Descrição: Bateria (Foto: Fernando Garcia)
... e depois o cabo positivo, que é coberto por uma capa de borracha (Foto: Fernando Garcia/ G1)
Outro problema que pode ser resolvido com a desconexão dos cabos é a oxidação (formação de zinabre) na zona dos terminais ou bornes (polos positivos e negativos). “Estes depósitos podem dificultar a passagem da corrente elétrica. Por isso, caso os bornes estejam oxidados, é necessário remover os cabos e limpá-los com água quente ou uma mistura de água com querosene”, recomenda Sousa.
Check-up periódico
No inverno e em períodos chuvosos a vigilância sobre a bateria deve ser redobrada. A baixa temperatura faz o motor exigir mais força da bateria para girá-lo, pois o óleo fica mais grosso. A umidade pode provocar curto, por exemplo, em lâmpadas, o que fará consumir a carga erroneamente.
Mesmo que não exista sinais de problemas na bateria, é válido examiná-la periodicamente. "Se a bateria tem mais de um ano ou vai utilizá-la em uma viagem longa, o ideal é fazer uma inspenção em uma oficina", diz o professor Esteves, da FEI. Oficinas especializadas possuem equipamentos específicos que medem a carga da energia da bateria e também verificam se existe fuga de corrente.
Descrição: Este outra aparelho verifica se a carga da bateria está completa (Foto: Rafael Miotto/ G1)
Este aparelho verifica se a carga da bateria está completa (Foto: Rafael Miotto/ G1)
Se isso ocorrer, caso a bateria ainda esteja boa para uso, ela poderá receber uma carga elétrica. Se não houver solução, o recomendado é trocá-la. Os modelos convencionais custam em média R$ 110, enquanto a bateria selada tem valor em torno de R$ 150.
Baterias convencionais
Apesar de cada vez mais raras no mercado, algumas motos novas ainda são equipadas com baterias convencionais e requerem mais trabalho na manutenção. Elas precisam ser completadas com água destilada para manter a funcionalidade.
Descrição: Bateria (Foto: Fernando Garcia)
Densímetro mede a densidade da solução da bateria convencional (Foto: Fernando Garcia/ G1)
De acordo com o especialista André Lorenz, deve-se levar a moto equipada com esse tipo de bateria a uma oficina de confiança para avaliação de carga e também para medir a densidade da solução que existe nela. “Examinar semanalmente o nível da água e, se necessário, completar com água destilada ou desmineralizada, sem ultrapassar o nível, é o principal cuidado com este tipo de bateria. Isso vai garantir uma vida útil prolongada", explica.
E se parar de funcionar?
Caso o motociclista tente ligar a moto e o sistema não funcione, os especialistas indicam que chame socorro mecânico ou realize a chamada "chupeta", conectando cabos especiais a uma bateria de outra moto que esteja em funcionamento.
Como nem todas motos possuem o pedal de partida mecânico, no momento de pane muitos utilizam o artifício do tranco, que, no entanto, só deve ser usado em último caso. "Não é recomendável, pois faz o processo contrário para o funcionamento do sistema e pode danificar a moto, principalmente as mais novas com injeção eletrônica", explica o engenheiro Sousa.

Fonte: http://www.g1.globo.com/
Enviado por: contato@advogadomotociclista.com.br

quarta-feira, 21 de março de 2012

Faça uma pausa para alongamento enquanto viaja.

FAÇA UMA PAUSA PARA ALONGAMENTO ENQUANTO VIAJA
O tempo fica mais frio e seco tornando a estação mais propícia para viajar de moto. Junte-se a isso o maior número de encontros e eventos motociclísticos que acontecem neste período. Assim, cada motociclista, tende a ficar tempo mais prolongado em suas viagens. O grau de atenção necessário somando-se à posição de pilotagem durante um longo percurso traz sempre ao motociclista um stress e um cansaço fazendo com que os seus reflexos diminuam sensivelmente. Para evitar este tipo de problema, o professor e mestre em Educação Física, Fernando Octávio da Martins elaborou algumas dicas visando amenizar os efeitos provocados por horas de pilotagem.
“É importante o motociclista ter consciência do tempo de atenção relacionado aos seus reflexos durante uma viagem. Assim sendo sugiro que para cada 1 hora e meia (máximo) ou 150 quilômetros (o que vencer primeiro) de pilotagem, seja feita uma pausa de 15 minutos aproximadamente (Ginástica de Pausa)”.
Segundo SMITH (1985): “O cérebro envia e recebe impulsos elétricos, sem ruído, durante aproximadamente 40 minutos. Decorrido este prazo os impulsos nervosos passam a ficar sujeitos a falhas de comunicação podendo ocasionar acidentes somando-se á tenção da estrada”.
Complementa ainda o Prof. Fernando Octávio: “Esta tensão é diretamente desencadeada para todo o corpo, pois este está em uma posição estática durante um período longo de tempo, provocando uma estafa muscular e aumentando a concentração de lactato nos músculos que desencadeiam dores desconfortáveis”.
A parada sugerida de 15 minutos pode ser combinada com a ingestão de líquidos nutrientes e sais minerais combinados com o abastecimento e checagem na motocicleta.
Com a moto estacionada em local firme, a mesma poderá auxiliar em algum exercício de alongamento que deverão ser feitos antes de iniciar a viagem e a cada parada sugerida. Cada alongamento deve ser feito durante pelo menos, 20 a 30 segundos para cada exercício, de cada lado.
É bom lembrar que estes exercícios não são completos. Porém, o hábito de fazê-los regularmente possibilitará viagens mais agradáveis e menos cansativas. Lembre-se de fazer o exercício repetido, durante o mesmo tempo, para cada membro.
Exercício 1
Relaxamento e alongamento da região lombar.
Apóie o abdômen sobre o banco da motocicleta, inclinando a cabeça para baixo, certificando-se que o apoio lateral está à sua frente. Este exercício poderá ser substituído sentando-se em superfície plana, com as pernas cruzadas e flexionando-se o troco para frente.
Exercício 2
Alongamento dos membros superiores e peitorais.
Apóie os braços sobre o banco da motocicleta, com um pequeno afastamento lateral das pernas, joelho semi-flexionado, e incline o tronco para baixo.
Exercício 3
Alongamento do Ombro.
Segure o guidom, encoste o joelho do lado do braço que segura o guidon no chão; mantenha a outra perna flexionada e gire o tronco para o lado oposto do braço esticado.
Exercício 4
Alongamento da face medial interna da coxa.
Como se estivesse subindo na moto, apóie a perna e joelho no banco e flexione a perna que está apoiada no chão para baixo.
Exercício 5
Alongamento posterior de coxa.
Apóie a perna no banco e tente puxar o tronco em direção ao pé.
Exercício 6
Alongamento de panturrilha.
Apóie os braços na moto, estenda uma das pernas e flexione levemente a outra. Entre com os quadris para frete sem tirar do chão o calcanhar da perna estendida.
Exercício 7
Alongamento do braço posterior (tríceps).
Por trás de sua cabeça puxe o seu cotovelo em direção ao centro da coluna vertebral.
Exercício 8
Retificação da coluna.
Com os pés ligeiramente afastados e joelhos flexionados, cruze os dedos ligando as duas mãos e, acima da cabeça. Faça um movimento como se fosse “empurrar o céu”.
Fonte: MOTO SEGURANÇA

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cuidados ao andar de moto no verão.

O verão chegou e com ele o calor, as chuvas torrenciais súbitas, viagens de fim-de-semana, passeios à beira mar e aí vem aquela tradicional pergunta: o que fazer com a segurança durante o verão?

A mesma coisa que no inverno, só que mais arejado. É claro que não fica bem recomendar o uso de botas de cano longo, luvas de couro e casaco de couro apenas para um passeio, mas pode-se conseguir um bom meio-termo para garantir alguma segurança na época mais quente do ano.

Até pouco tempo atrás, os motociclistas eram obrigados a usar o mesmo equipamento no calor ou no frio. E pior: o material mais empregado para motociclista sempre foi o couro. Independentemente do clima era couro de cima a baixo. Hoje em dia, com novos materiais e tecnologia mais moderna os equipamentos são específicos para as duas estações ano que existem no mundo tropical: inverno e verão. O mercado oferece equipamentos que preservam o motociclista do frio glacial ou do verão saariano. Por isso, deixe de ser pão duro e invista nos dois tipos de equipamento.

Minha dica é ter dois tipos de casaco: um mais fechado, com forro, que pode ser de couro ou de poliéster para o inverno e um de poliéster ventilado para o verão (jaqueta).
. Atualmente os casacos de poliéster (chamados popularmente de Cordura) são equipados com forros impermeáveis que substituem até a capa de chuva. É possível usá-los mesmo no calor, basta retirar o forro!

Todo bom capacete tem sistema de ventilação e forro lavável. Se for bom mesmo, a ventilação ajuda bastante a refrescar a cabeça. Mesmo com calor infernal eu prefiro usar capacete fechado, com óculos escuros por baixo e deixo a viseira levemente aberta (capacete). Não gosto de usar capacetes abertos, nem aqueles de cross, com “queixeira” porque na hora de chuva de verão os pingos batem na pele como se fossem agulhas!

Todo mundo sabe que o capacete aberto oferece menos proteção do que o integral, mas para algumas situações ele ajuda a refrescar, mas é importante estar sempre acompanhado de óculos de proteção. Ainda sou da opinião que antes um bom capacete aberto do que nenhum!

As luvas de motocross e enduro são feitas de material muito resistente, com proteções de plástico ou kevlar na parte superior, contam com velcro para fechar no punho e – melhor da festa – têm orifícios para ventilação, porque no cross as velocidades são menores (luvas).

Nas pernas é mais difícil encontrar material leve e resistente. Quando rodo na cidade uso o velho e bom jeans com proteção, mas na estrada tenho usado calça ventilada de poliéster. Este tipo de calça é mais versátil porque serve como proteção e tanto faz o clima, porque chova ou faça sol ela tem uma boa troca de calor, especialmente se tiver forro removível (calça). O importante é não rodar de bermudas ou shorts, tanto pela evidente exposição da pele ao atrito com asfalto quanto à proteção contra as queimaduras de sol ou em contato com as partes quentes do motor. Pior ainda para as garupas, que podem ficar eternamente com uma macha na perna!

Eu me sinto desconfortável quando a pele fica em contato direto com o tecido de qualquer tipo de casaco. Por isso uso a segunda pele específica de calor ou uma camiseta de manga comprida de motocross (aliás, como se viu, o equipamento de fora-de-estrada é muito útil no calor). Já vi motociclistas com queimaduras graves porque estavam rodando de camiseta regata sob um sol causticante. Com a moto em movimento o motociclista não percebe o calor, mas basta pôr a mão no capacete ou no tanque de gasolina para sentir como está sua pele. Essa exposição pode até levar a uma desidratação. E passar protetor solar para rodar de moto é uma meleca das grossas.

Falando em desidratação, é bom ingerir mais líquido do que o normal. Melhor ainda é o suco de frutas, ou a fruta na sua forma original, e evitar comidas pesadas, gordurosas ou de difícil digestão. E por mais óbvio que possa ser, não abuse das cervejas estupidamente geladas. Deixe-as para quando estiver na praia, com a moto desligada, em boa companhia, com camarões fritos etc.

Outra dica é proteger o pescoço. Apesar de achar a coisa mais cafona do mundo, uso uma bandana enrolada no pescoço para não fritar minha nuca. Ou então recorto a manga curta de uma velha camiseta e coloco pela cabeça como se fosse uma gola postiça. É horrível, mas funciona muito bem na estrada.

A parte mais difícil são os pés. Os tênis são frágeis e facilmente arrancados quando o motociclista rola pelo chão. Uma bota de couro é simplesmente infernal! A solução pode estar naqueles tipos de tênis de cano alto específico para caminhada. Eu tenho um par que uso nos dias quentes e são bem ventilados. Como têm cano alto eles não saem do pé quando o motociclista é centrifugado.
Por fim, pense que verão é a estação tradicionalmente molhada, em algumas regiões chove todo dia e em outras o dia todo, por isso tenha a capa de chuva sempre por perto. A ação do vento com a água pode provocar uma queda brusca de temperatura do corpo. A capa de chuva não esquenta, mas evita que o corpo perca calor.

Importante é se proteger, mesmo que seja para uma voltinha até a esquina. Se já é dolorido ralar no chão, imagine se o asfalto estiver a 65ºC! É motociclista na brasa!

Por Geraldo Tite Simôes.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Qual é a hora certa de trocar o pneu de sua moto?




Edson Clemens Junior

Muito se fala sobre a pressão correta dos pneus, a escolha da medida certa para sua moto, o tipo de pneu adequado para um determinado piso, entre outras recomendações. Mas uma pergunta é freqüente mesmo entre os motociclistas mais experientes: qual a hora de substituir o pneu da minha moto?
Como as motos têm apenas dois pneus, estes são itens fundamentais para garantir a segurança do motociclista. Um pneu “careca” representa perigo na hora de acelerar, frear e contornar curvas. Em piso molhado então, nem se fala. Entre as diversas funções dos sulcos está a drenagem da água. Se os sulcos estiverem pouco profundos não drenam a água corretamente e uma frenagem pode causar uma queda em dia de chuva.
Para saber a hora certa de trocar o pneu da sua moto existe a boa e velha inspeção visual. Ou seja, você olha e percebe que o pneu está ficando “careca”. Porém muitas vezes o desgaste não ocorre por igual em toda a banda de rodagem e fica difícil identificar se o pneu pode ou não rodar mais alguns quilômetros.
Pela legislação brasileira, a profundidade mínima dos sulcos de um pneu de motocicleta é de 1,0 mm – abaixo disso o motociclista fica sujeito a multa. Se o sulco atingir essa profundidade em qualquer ponto da banda de rodagem, o pneu deve ser substituído.
Pensando em facilitar a vida do motociclista, as fábricas de pneus dotam seus produtos de uma maneira simples e eficaz de se averiguar se está na hora de substituí-los. Trata-se do TWI (Tread Wear Indicator) um dos limites para o uso dos pneus de moto. A sigla vem do inglês Tread Wear Indicator, que significa indicador de desgaste da banda de rodagem. Todo pneu conta com o TWI, um filete de borracha disposto transversalmente aos sulcos em alguns pontos da banda de rodagem. Quando esse filete ficar aparente, no mesmo nível da banda de rodagem está na hora de trocar o pneu.
Onde fica?
Esses indicadores de desgaste podem ser facilmente localizados nos flancos (lateral) dos pneus, onde geralmente há a inscrição T.W.I. ou ainda alguma indicação como uma seta ou o logotipo do fabricante. Nessa direção, o motociclista vai encontrar o filete de borracha indicando a altura mínima de uso do pneu.
Mas é bom lembrar ao motociclista que a troca do pneu só estará vinculada ao TWI se o pneu estiver em boas condições. Bolhas, cortes ou desgastes irregulares também podem condenar o pneu. Se houver algum desses defeitos, mesmo que a banda de rodagem não tenha atingido a profundidade mínima, o pneu deve ser substituído por outro novo, nas mesmas medidas indicada pelo fabricante da motocicleta.
Para garantir uma maior vida útil aos pneus da sua moto, verifique a calibragem semanalmente. A pressão correta a ser usada sempre está no Manual do Proprietário ou em alguma etiqueta de advertência colada à motocicleta. Outra dica importante é que, em caso, de levar garupa ou bagagem pesada demais, o motociclista deve calibrar o pneu para aquela situação de uso.

Fonte: Agência Infomoto

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Desabafo de um trilheiro!!!

Meus queridos amigos pilotos:

Espero que a organização do enduro axé continue fazendo deste evento um dos melhores da temporada. Com relação à inclusão de balaios e laços, entendo que somente poderiam ser utilizados quando não houver outra alternativa. Sou do tempo em que a pilotagem também influenciava nos resultados do “Enduro”. Já tive oportunidade de correr alguns eventos fora do estado e o que tenho percebido, é que a inclusão daqueles artifícios somente é utilizada quando não tem jeito. Enduro é pra frente, e sempre!
Respeito a opinião daqueles que gostam de um enduro mais técnico, mas confesso que sinto saudades dos tempos onde ser um piloto “casca grossa” contava muito. Hoje, em meio a tantos balaios e laços se perdeu também a pilotagem, se perdeu também os “quase” intransponíveis obstáculos naturais, se perdeu a necessidade e o prazer da colaboração de um piloto para outro, e tantas outras coisas que acabaram por tirar o brilho deste esporte que tanto admiramos.
A beleza e o romantismo do esporte que tanto amamos está ficando para trás por conta de uma marcha tecnológica que tenho pleno conhecimento que não retroagirá, mas para que isso tudo??  Será que estamos falando de esporte profissional onde décimos de segundos lhe retiram a vitória?  Não senhores, somos todos amadores graças à Deus, este é o grande prazer de nossa atividade e justamente é o que nos torna todos iguais, todos irmãos, todos TRILHEIROS.
Continuo achando um risco desnecessário a utilização de “laços e balaios”, e quando me refiro à risco quero frisar que não estou falando apenas do risco de acidente onde pilotos podem “dar de cara”  uns com  os outros, me refiro também ao risco de estarmos privilegiando apenas a tão falada “navegação” em detrimento da pilotagem.
Somos pilotos meus caros!! Somos gladiadores dos tempos modernos montados em nossos CORCÉIS DE AÇO! Não nos tirem o desafio dos grandes obstáculos, não nos retirem o prazer de nos diferenciarmos dos “normais”, não nos coloquem na vala comum dos “proprietários de motocicletas”.
Não esperava ver um dia os pilotos treinando para “balaios e laços”... É no mínimo estranho de ver... Ao meu ver um retrocesso...
Portanto, desejo sinceramente que os organizadores dos enduros repensem seus conceitos e organizem eventos  com roteiros para frente, com uma boa dose de obstáculos inerentes ao esporte, e, logicamente bem riscado com referências precisas e navegação justa com médias diferenciadas para os diferentes níveis de pilotos.
Mais uma vez venho ressaltar que respeito as opiniões diferentes da minha, e que o quanto exposto se trata tão somente de um desabafo de um piloto que ama mais, FAZER TRILHAS, PILOTAR,  do que navegar.
Forte abraço à todos.

Cláudio Alcântara (Negão) numeral (168)

Obs: nós somos imparciais quanto as opiniões expressas aqui, apenas somos o canal e se você deseja expor a sua opinião aqui, fique à vontade.
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